"O “Bus rapid transit” (BRT) do Rio de Janeiro é um exemplo claro de como o financiamento de projetos de transporte público não tem o bem-estar da população pobre em mente — mesmo quando executado legalmente."
Afirmar que o investimento em transporte público vai contra os interesses dos trabalhadores de baixa renda é contra intuitivo. Espera-se que quanto mais alta a renda de uma pessoa, menor a probabilidade que essa pessoa dependa de ônibus para se locomover. Portanto, se dinheiro for gasto para fazer melhorias neste departamento, naturalmente esperamos que os interesses e o bem-estar dos usuários seja a prioridade. E, por conta dessa expectativa, sempre que ônibus são vandalizados durante um protesto, muitos enxergam essa destruição como um símbolo de ingratidão, ou um tiro no pé. Porém, será que o investimento em transporte público pode, na prática, trazer desvantagens para a população trabalhadora de menor renda?
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